terça-feira, 8 de janeiro de 2013


TELO PINTO FALA SOBRE LUTA PARA REAVER GALPÃO
       O empresário que arrematou o bem por R$ 120 mil estaria à disposição de devolvê-lo por R$ 1 milhão, quase 10 vezes mais




       Parintins (AM) - O presidente do Boi Garantido Telo Pinto em entrevista ao programa "Fatos e Boatos" da Rádio Clube e "Show das Dez" da Rádio Alvorada, esclareceu nesta sexta feira, 21, pontos referentes a luta da diretoria para reaver parte do terreno da Cidade Garantido leiloado pela Justiça comum por R$ 120 mil por conta de dívidas autorais com os compositores César Moraes e Márcio Azevedo. No imóvel está parte do principal galpão de alegorias da agremiação.

       Segundo Telo Pinto, após o leilão ele procurou por diversas vezes o empresário que arrematou o imóvel, Francisco Vasconcelos, e relatou que na primeira negociação entre as partes ficou certo que o Boi devolveria o valor pago do pregão, mais as custas processuais. "Depois pediu R$ 150 mil e nós aceitamos. Quando chegamos pra fechar o acordo, o Chiquinho disse que tinha recebido uma proposta de um empresário local, João Pedro Baranda, no valor de R$ 1 milhão de reais, e que só negociaria com o boi por esse valor. Foi então que entramos na Justiça por não termos esse dinheiro", destacou Telo Pinto.

       O dirigente afirmou que nas negociações com o empresário, mesmo deixando claro a importância do patrimônio não só para o Boi Garantido, mas para o Festival de Parintins, não obteve êxito. "A partir daí fomos a Manaus e entramos com três ações judiciais no Tribunal de Justiça e duas aqui em Parintins com Pedido de Nulidade do Leilão e demais atos, Agravo junto ao TJ. Está tramitando e esperamos um resultado positivo", enfatizou Telo Pinto.

       O empresário Francisco Vasconcelos afirmou a imprensa que não fechou negociação com o Garantido por não acreditar na palavra atual diretoria atual. Afirmou que Telo Pinto não honra com seus compromissos e que por isso não quis acordo.
A assessoria jurídica do Garantido em um dos recursos pede informações da Justiça sobre qual é a área destinada ao empresário porque a Cidade Garantido tem sete lotes. O empresário João Pedro Baranda declarou à imprensa de Parintins que nunca fez nenhuma oferta ao empresário Chiquinho Vasconcelos para comprar o imóvel do Garantido.





       R$ 4 milhões


       Durante os três anos de sua gestão, o atual presidente argumenta que sua luta tem sido tirar o Boi Garantido do poço de dívidas onde foi colocado por ações desastrosas de ex-presidentes. Ele enumera que foram mais 80 ações judiciais enfrentadas na Justiça Trabalhista e Justiça Comum e mais R$ 4 milhões em débitos pagos. Citou que entre eles está o galpão de tribos perdido por dívida de R$ 100 mil com uma agência de viagem em 2009. Foi readquirido por quase R$ 350 mil. A avalanche de dívidas do Garantido teve inicio na gestão de Antonio Andrade Barbosa, passando por José Walmir Martins de Lima e se agravou nas duas gestões de Vicente Matos. "Essa bola cresceu desde 2000 e encaramos esses problemas agora. Na semana passada tive uma grande ajuda da empresária Ana Paula Perrone e da torcedora Roseane Novo em busca de mais parceiros porque precisamos da ajuda de todos", diz.


       Indenização


       O Garantido terá ainda que pagar a ex-cunhã-poranga Jaqueline Marques aproximadamente R$ 500 mil em indenização. "O STJ (Superior Tribunal de Justiça) confirmou a sentença da Justiça de Parintins, e o Boi terá q pagar R$ 250 mil de danos estéticos e matérias e R$ 250 mil de danos morais", diz.

       Jaqueline sofreu uma fratura durante sua apresentação no Festival Folclórico de 1994 e, recentemente, no Supremo Tribunal Federal (STF) ganhou ação contra o bumbá em última instância. A diretoria por meio do presidente vai procurar no mês de janeiro os advogados da ex-item para negociar o pagamento do montante.

       Pelos cálculos da diretoria a dívida atual do Vermelho e Branco ultrapassa os 3 milhões de reais. O presidente Telo também disse existir de 2012 débito próximo a 600 mil reais juntos aos artistas de tribos e outros setores do Garantido. O recurso para esse pagamento foi liberado pelos patrocinadores, mas está retido por decisão da Justiça Trabalhista. 

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